quinta-feira, 27 de novembro de 2014

o que diz o meu silêncio...


Não quero nunca mais ter de deixar a tua companhia quando o que mais apetece é perder-me num abraço teu, naufragar os meus lábios nos teus, fazer deslizar os meus dedos para descobrir os recantos da tua pele macia e arrepiar-me ao sentir a tua respiração perto do meu corpo. Quero tanto sentir os teus cabelos negros acariciarem-me a mão enquanto te mimo a cabeça suavemente num cafuné sem fim, presos a um abraço eterno com sorrisos delicodoces e cúmplices.
Permaneço quieto e sem produzir som algum, como o predador aguardando a presa, preparado para o ímpeto no momento certo. Porém a calma e frieza do caçador é apenas aparente, se ele está quieto é pelas suas fragilidades e não por estratégia predadora. A metáfora está de algum modo invertida porque é o caçado que domina a acção.

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